Na carcinicultura, a expansão de mercados exige atenção especializada aos novos canais de distribuição para seu produto, seja camarão ou peixe. A adoção de estratégias adequadas torna-se essencial para alcançar compradores diferenciados e reduzir riscos. Neste artigo, são apresentadas dez estratégias técnicas e viáveis, as quais permitirão ao produtor identificar e implementar canais de distribuição eficazes, com foco em alcance, logística e garantia de qualidade.
A primeira estratégia consiste em mapear os segmentos de mercado e definir quais canais são mais adequados. Por exemplo, para produtores de camarão: restaurantes de alto padrão, redes de supermercados especiais ou exportação. Esse mapeamento permite explorar novos canais de distribuição para seu produto com precisão, reduzindo custos de comercialização e melhorando o posicionamento.
Uma vez identificado o segmento, é recomendável firmar parcerias com distribuidores regionais. Tais distribuidores já possuem infraestrutura de refrigeração e logística, o que facilita a entrada no canal e minimiza perdas por transporte. A utilização desses canais facilita o acesso a mercados que você ainda não atingiu.
A estratégia de venda direta — ou seja, o produtor comercializando diretamente ao consumidor ou a pequenos varejistas — representa um dos novos canais de distribuição para seu produto. A ativação de e-commerce ou marketplaces especializados em pescado pode ampliar o alcance e gerar margens mais altas.
Expandir para o setor de food service exige conformidade com padrões de qualidade, embalagem e rastreabilidade. A carcinicultura ou piscicultura devem garantir controles sanitários, certificações (como HACCP) e cadeia fria contínua. Esse é um dos canais técnicos que permite escalar o negócio.
Explorar exportação demanda análise de tarifas, logística internacional, certificações e acordos comerciais. Considerar portos, transportadoras especializadas e cumprimento das normas dos países-destino. Esse é um modo sofisticado de multiplicar os novos canais de distribuição para seu produto e diversificar riscos geográficos.
Para garantir eficiência, a logística deve prever não apenas o envio, mas o retorno — como embalagens reutilizáveis ou trocas de devolução. O monitoramento em tempo real, via sensores ou georreferenciamento, permite assegurar a qualidade desde a tanqua ou tanque-rede até o cliente final.
Oferecer valor agregado (por exemplo camarão descascado, pescado pronto para congelar, ou embalagem de porções) abre canais que atendem varejo premium e conveniência. A diferenciação viabiliza acesso a canais que exigem maior grau de processamento e embalagem e, por consequência, valor maior.
Feiras internacionais e plataformas digitais especializadas em aquicultura proporcionam contato direto com importadores, supermercados e redes de food service. Isso acelera a descoberta de novos canais de distribuição para seu produto e a formação de alianças estratégicas.
Criar presença online — site, redes sociais, blog técnico — fortalece a marca e facilita a entrada em canais premium. A comunicação técnica (por exemplo citando práticas de cultivo responsáveis, sustentabilidade e rastreabilidade) atrai consumidores conscientes e redes de distribuição que valorizam esses atributos.
Finalmente, é essencial medir indicadores: tempo de transporte, percentual de perdas, margem por canal, frequência de pedidos e nível de satisfação do cliente. Com esses dados, ajustam-se os processos, fecham-se canais pouco rentáveis e reforçam-se os que apresentam melhor desempenho.
Adotar essas dez estratégias habilita o produtor de camarão ou peixe a identificar e ativar novos canais de distribuição para seu produto, estruturando a produção, logística e comercialização com eficiência técnica e comercial. A diversificação de canais contribui tanto para o crescimento sustentável quanto para a mitigação de riscos.